RDA

sexta-feira, 23 de março de 2012

Mitos da Experimentação Animal

por Bernhard Rambeck
Grande parte de nossa sociedade acredita na necessidade incondicional das experiências em animais. Essa crença baseia-se em mitos, não em fatos e esses mitos precisam ser divulgados para evitar a implosão de um sistema pseudo-científico.
Sem esses mitos, seria evidente que as experiências em animais não ajudam a humanidade, mas causam prejuízos imensos ao animal e ao homem.
Em nosso próprio interesse precisamos analisar os mitos em que se baseia o sistema de pesquisas com animais, pois não se trata apenas de aceitar um mal necessário. O sistema de experiências em animais pertence --- assim como a tecnologia genética ou o uso da energia atômica --- a um sistema de pesquisas e exploração que despreza a vida.
Com ele cavamos uma sepultura para a ecosfera e para nós mesmos. A morte das florestas, o buraco de ozônio, o efeito estufa, as alterações climáticas, os mares contaminados, a matança de focas, AIDS - tudo isso são sinais visíveis, mas afastamos o conhecimento das causas e somos incapazes de agir. Para sobreviver precisamos compreender como tudo está interligado e perceber que a utilização de milhões de animais sensíveis como objeto de exames e instrumentos descartáveis de medição nunca conduzirão à nossa cura, mas apenas à nossa autodestruição crescente. Vamos examinar a rede de mitos que cerca as experiências em animais.

1º Mito: O conhecimento médico está baseado em experiências com animais
Sempre nos fazem crer que a verdadeira arte médica só começou há cerca de 100 anos, com a quimioterapia. Isso é falso: em todas as épocas houve médicos excelentes que realmente conseguiam ajudar; em todas as épocas houve academias famosas realmente ensinando a arte da cura.
As bases do conhecimento médico clássico não eram pesquisas em animais, embora estas já existissem, em pequenas proporções, há milênios. Essencial era a observação de homens e animais doentes e sadios. Também a maior parte do nosso conhecimento médico moderno não se baseia em experiências com animais ou, então, foi apenas confirmado posteriormente por essas experiências. Muitas substâncias eficazes à base vegetal e também medicamentos como o ácido acetilsalisílico (contra febre) ou fenobarbital (para epilepsia) foram descobertos sem experiências em animais.
A maioria das técnicas cirúrgicas habituais não foram desenvolvidas em animais.

2º Mito: Foram as experiências em animais que possibilitaram o combate às doenças e, desta forma, permitiram aumentar a vida média.
Esse mito padrão daqueles que apóiam as experiências com animais é falso! O aumento da expectativa de vida deve-se, principalmente, ao declínio das doenças infecciosas e à conseqüente diminuição da mortalidade infantil. As causas desse declínio foram melhores condições de saneamento, uma tomada de consciência em questões de higiene e uma melhor alimentação - não foi a introdução constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribuídos a problemas sociais, à pobreza, à desnutrição, etc... - não à falta de medicamentos ou vacinas.

3º Mito: A pesquisa médica só é possível com experiências em animais
Há algumas décadas, o conceito de métodos alternativos não existia. Ainda recentemente nos explicavam que o teste DL-50% (para determinar a dose letal) e outras atrocidades eram indispensáveis. Os cientistas declaravam unânimes que só o animal ileso poderia demonstrar o efeito dos medicamentos. Atualmente as declarações são mais cuidadosas. A indústria está explicando, constantemente, quantos animais já substituíram, quanto já diminuiu o consumo de animais e como é perfeitamente possível renunciar ao DL-50%. Em muitas áreas estão utilizando métodos alternativos, processos in-vitro com culturas celulares, microrganismo, etc, cujos resultados superam de longe as provas fornecidas pelas experiências em animais.
Esse desenvolvimento mostra como - através da pressão da opinião pública - é possível conseguir que não se façam experiências com animais.
Percebemos também, que muito daquilo que era considerado parte incontestável da medicina moderna, pode ser, tranqüilamente, substituído em poucos anos.

4º Mito: Experiências em animais são necessárias porque as doenças mais importantes ainda não têm cura.
Apesar das excessivas experiências em animais, as doenças mais importantes não foram modificadas, não se tornaram mais curáveis. Esse fato mostra exatamente o pouco que as experiências em animais podem contribuir para a erradicação das doenças humanas. A conseqüência lógica não pode ser a ampliação da pesquisa em animais e sim, esforços redobrados visando o controle, a profilaxia e a pesquisa das causas das doenças. Não há mais dúvidas de que nós mesmos causamos a maioria das doenças, através de alimentação errada, dependência de substâncias tóxicas, stress, etc.
Estudos amplos com vegetarianos comprovaram há tempo que uma alimentação mais saudável reduz o risco de câncer, diminui a probabilidade de doenças cardiovasculares e aumenta a expectativa de vida.

5º Mito: Experiências em animais são necessárias para afastar a ameaça de novas doenças.
Uma típica nova doença ameaçadora é a AIDS.
A pesquisa da AIDS é um ótimo exemplo de pesquisa moderna que pode acumular consideráveis conhecimentos em pouco tempo, e sem usar experiências em animais. Os progressos na pesquisa da AIDS não se baseiam em experiências em animais, mas na epidemiologia, na observação clínica dos doentes e nos estudos in-vitro com culturas celulares.

6º Mito: Os riscos de novos medicamentos e vacinas só podem ser determinados por meio de experiências em animais.
Medicamentos importantes foram descobertos antes da era das experiências em animais, que ainda hoje estão em uso. Fica cada vez mais claro que a transferência de resultados toxicológicos do animal para o homem não tem sentido. Existem cada vez mais métodos expressivos que dispensam as experiências em animais. Testes toxicológicos como o DL-50% ou o estudo de irritação dos olhos do coelho (Teste Draize) são - também segundo diversos cientistas - rituais de extrema crueldade que nada têm a ver com ciência. Ainda mais difíceis de serem transferidos para o homem são os resultados de pesquisas nas quais fazem penetrar em diversos animais, por ingestão ou injeção, grande quantidade de substâncias experimentais durante um tempo prolongado. Não convém esquecer que o risco final é sempre do homem; mas, na medida em que experiências em animais aparentam segurança, o homem é levado ao uso descuidado de novas substâncias. Isso aumenta o risco ainda mais.

7º Mito: Experiências em animais não prejudicam a humanidade.
Experiências em animais atribuem segurança aparente a medicamentos e a novas substâncias, embora de forma alguma seja possível avaliar essa segurança. A tragédia com a Taliodomida é conhecida. Aproximadamente um terço de todos os doentes com problemas renais que fazem diálise (ou esperam pela doação de um rim) destruíram sua função renal tomando analgésicos considerados seguros após experiências em animais. Todos os medicamentos retirados do mercado por exigência dos órgãos de saúde foram testados em experiências com animais. Um outro exemplo: o perigoso ?buraco de ozônio? sobre a Antártida é causado pelos CFC (clorofluorcarbonetos), que foram considerados seguros após experiências químicas e, também, com animais. A noção errônea de segurança levou à produção e à disseminação desenfreada dessas substâncias, que agora ameaçam a biosfera do nosso planeta.
Experiências em animais, na realidade, tornam as atuais doenças da civilização ainda mais estáveis. A esperança por um medicamento descoberto por meio das pesquisas com animais destrói a motivação para tomar uma iniciativa própria e para mudar significativamente o estilo de vida. Enquanto nos agarramos à esperança de um novo remédio contra o câncer, as doenças cardio-vasculares, etc, nós mesmos - e todo o sistema de saúde - não estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja o fumo, as bebidas alcoólicas, a alimentação errada, o stress, etc.
Experiências em animais destroem a consciência em relação às espécies, à interdependência e aos ciclos na natureza. Quem é capaz de julgar as conseqüências que os animais manipulados pela biotecnologia trarão para a natureza ? Quem é capaz de avaliar a conseqüência de uma fuga de ratos patenteados com câncer, ratos com AIDS, etc?
Durante milhões de anos de evolução, a natureza deu prioridade à saúde e à capacidade de adaptação dos animais. Nós, homens, produzimos animais com doenças congênitas, aperfeiçoados para fins científicos e comerciais.
Ao sistema de pesquisa científica baseado em experiências com animais cabe grande parte da responsabilidade pela crise profunda em que se encontra, sob todos os pontos de vista, a medicina moderna. A medicina atual é cara demais; em muitas áreas é francamente perigosa e - para as doenças realmente importantes da época - é ineficaz. Esses três aspectos estão intimamente relacionados e têm como ponto de partida a visão do homem (uma espécie de biomáquina) desenvolvida a partir de experiências em animais.
Um dos piores danos causados pelas experiências em animais consiste no embrutecimento da cultura médica. Sem levar em conta que a experiência com o homem, o princípio das experiências com animais está afastando a medicina cada vez mais da arte de cura e empurrando-a para uma medicina que conserta e coloca peças. Não precisamos retratar as doenças como algo positivo, mas enquanto encaramos a doença apenas como defeito a ser tecnicamente consertado, perdemos a possibilidade de questionar o sofrimento humano.
Perdemos toda possibilidade de aceitar a doença como algo que tem um sentido, algo pelo qual precisamos passar.

8º Mito: O animal não sofre durante a experiência.
O sofrimento do animal usado nos experimentos já começou bem antes da experiência, quando é confinado, criado e transportado em condições totalmente estranhas à espécie. Não existem experiências toxicológicas inofensivas para o animal! Gostaria de saber como experiências toxicológicas - durante as quais os animais são envenenados de forma mais ou menos rápida - podem decorrer sem tortura e dor. Não existe experiência nas áreas de toxicologia, cirurgia, radioterapia, etc, sem sofrimento terrível para o animal atingido! Ainda hoje a experiência representa para o animal um sofrimento terrível, que normalmente só termina com a morte.

9º Mito: Somente os especialistas sabem avaliar a necessidade, a validade e a importância das experiências em animais.
O mito de que leigos, por falta de conhecimento especializado, não podem opinar sobre experiências em animais proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Eles têm enorme interesse em trabalhar sem serem observados e incomodados por um público crítico. As experiências em animais, assim como a criação de animais confinados, ou a criação de animais para comércio de peles são praticadas com um número infinito de torturas porque os políticos, os legisladores, os teólogos, os filósofos e, principalmente, o homem comum não têm noção do que acontece ou, então, têm uma idéia totalmente errada do sofrimento e da miséria desses animais.
Nos últimos anos, porém, os muros do silêncio vêm sendo progressivamente derrubados pela imprensa, pelo rádio e pela televisão. Além disso, os últimos anos trouxeram mudanças importantes: os leigos são apoiados por especialistas e por associações médicas e leigas, nacionais e internacionais, que rejeitam as experiências em animais.
Deixar que os próprios pesquisadores julguem a necessidade e a importância das experiências em animais é semelhante a um parecer sobre alimentação vegetariana feito por uma associação de açougueiros ou a um relatório sobre o significado da energia nuclear elaborado pelos fornecedores de usinas nucleares. Não serão justamente aqueles que estão engajados no sistema de experiências em animais que irão questionar a vivissecção!
De forma alguma é necessário ser um especialista para derrubar este nono mito: apesar de milhões de animais torturados e mortos, a vivissecção não conseguiu obter um resultado frente às epidemias do nosso tempo.

10º Mito: Não é possível abolir as experiências com animais.
Esse mito, sempre apresentado pelos defensores da vivissecção, é um dos pilares que sustentam o sistema das experiências em animais. A afirmação de que as experiências em animais possam, quando muito ser reduzidas a um ?mínimo indispensável?, mas jamais completamente abolidas, nos paralisa. Leva a discussões intermináveis, despidas de sentido, sobre a extensão e o tipo de experiências que podem ser substituídas ou descartadas. Esse é um dos motivos pelos quais o movimento dos opositores está tão dividido. Na questão da abolição das experiências, deveríamos verificar como outros erros históricos foram vencidos.
Hoje está claro que a caça às bruxas, a exploração sem clemência dos escravos, a separação desumana de raças constituem crimes que não podem ser eliminados pela redução do número de vítimas, ou por etapas. Só podem ser eliminados por mudanças fundamentais, associadas à uma tomada de consciência. Assim, também a vivissecção precisa ser eliminada em sua totalidade, como um caminho prejudicial inaceitável.
As chances de alcançarmos esse objetivo (a abolição das experiências em animais) são hoje maiores do que nunca. O movimento contra vivissecção é visto cada vez mais como parte do movimento ecológico, que se preocupa com os danos gigantescos que o homem comete em sua prepotência. Adversários das experiências em animais estão se aliando a grupos que enfrentam a engenharia genética, criação de animais confinados, a criação de animais para comerciar pele, a morte das florestas ou os perigos da energia nuclear. Todos eles procuram impedir a exploração desenfreada da natureza e concebem o nosso ecossistema como algo muito delicado, uma rede interligada de múltiplas formas.
É muito importante que a motivação para combater as experiências em animais se transforme cada vez mais. Enquanto, antigamente, o animal e o horrendo tratamento estavam no centro da discussão, hoje aumenta a consciência de que o próprio homem é o maior prejudicado com a exploração egoísta do animal. O confinamento dos animais de corte significa, em primeiro lugar, uma terrível tortura para eles, mas logo levou a um aumento considerável das doenças provocadas pela alimentação. As possibilidades da engenharia genética mostram, em primeiro lugar, um inacreditável sangue-frio em relação aos animais manipulados, mas em seguida tornou-se uma ameaça complexa ao equilíbrio ecológico e, através disso, à própria existência do homem.
Assim, hoje entendemos cada vez melhor que a experiência em animais, além de representar um enorme sofrimento para a vítima, contribui - devido a todas as conseqüências -para a autodestruição do homem.
Se o homem não consegue adquirir um novo nível de consciência da interdependência e das interligações dentro da natureza para desistir voluntariamente de surpresas desagradáveis como a vivissecção, a engenharia genética, a energia atômica...a natureza vai se encarregar de eliminar o homem definitiva e irreversivelmente junto com suas experiências em animais ! Ainda existe escolha. Ainda existe a possibilidade de pôr um fim à exploração desenfreada do planeta com todos seus seres , de abolir a vivissecção em seu próprio interesse!

Resumo de trabalho apresentado em Simpósio realizado em Genebra pela Liga Internacional de Médicos pela Abolição das Experiências em Animais, por Bernhard Rambeck, diretor do Departamento Bioquímico da Sociedade de pesquisa em Epilepsia, Bielefeld, Alemanha. É autor de inúmeros trabalhos científicos no campo da bioquímica e da farmacologia clínica. Em sua opinião, a maneira mecanicista de pensar das atuais biociências impede qualquer real desenvolvimento da Medicina e da Biologia. Desde 1985, Rambeck dedica-se sobretudo ao estudo das experiências em animais que estão prejudicando o homem e trazendo sofrimento infinito aos animais.

Saiba Mais:

segunda-feira, 19 de março de 2012

Protesto contra o INTERNATIONAL MEETING OF LABORATORY ANIMAL



Os manifestantes chegaram às 8h no Centro de Reprodução e Experimentação de Animais de Laboratório, prédio 58 da UFRGS, permanecendo lá por mais de 4 horas.
O total de pessoas foi de cerca de quinze pessoas. Estavam presentes Vanguarda Abolicionista, Sea Shepard, Veganos do Coração, Porto Alegre Melhor e ativistas independentes.


Até iniciar o seminário (International Meeting of Laboratory Animal), aproximadamente às 9h30min, todos permaneceram em frente ao prédio onde o mesmo seria realizado, dirigindo-se até a área mais próxima de alimentação e convívio logo após, onde panfletaram e conversaram com estudantes.


Vários estudantes ficaram perplexos ao saber do seminário, pois não foram vistos cartazes de divulgação em toda a parte aberta de instituição.


Aproximadamente trinta pessoas participaram do seminário, o que podemos chamar de um grande fracasso se pensarmos que havia seis seguranças armados para conter os "perigosos manifestantes", além de um agente a paisana estar presente no local.


Os participantes, ao saírem para almoçar, foram fotografados e filmados com evidente constrangimento. Uma deles, a única inconveniente, disse: “Vocês tomam remédios? Dariam remédios para seus filhos.”, sendo prontamente respondida por um dos manifestantes: “Você autorizaria vivissecção no seu filho para salvar 1000 crianças (sem anestesia?)”.


Em contra partida, grande parte dos participantes mostraram-se muito interessados e cordiais com os manifestantes. A mais interessada deles ganhou uma cópia de vídeos, retirados da internet, sobre o tema. Ao retornar do seu almoço, porém, ela devolveu o vídeo, alegando não suportar cenas fortes.


O protesto foi ordeiro, pacífico e certamente alcançou seus objetivos. 
Os interesses econômicos na morte de animais podem ser grandes, mas essa é uma luta que já foi vencida em vários países.

Vídeo do Protesto.


Galeria de imagens:






























Fotos: RSantini (Veganos do Coração)

segunda-feira, 12 de março de 2012

CARTA ABERTA AOS SANTA-MARIENSES


DENÚNCIA DE AÇÕES CONTRÁRIAS AOS INTERESSES DOS ANIMAIS
A proteção dos animais de Santa Maria, representada pelas organizações e grupos que subscrevem, denuncia as seguintes práticas e posturas que vêm ocorrendo e/ou estão na iminência de ocorrer em nossa cidade:
1 – De acordo com o artigo 169 do Código de Posturas do Município de Santa Maria (Lei Complementar Municipal nº03 de 22 de janeiro de 2002), os animais apreendidos podem ser enviados para experimentos científicos;
2 – Conforme o artigo 171, da mesma Lei Complementar, os animais de grande porte serão encaminhados para leilão e abate;
3 – Existe uma movimentação na cidade para a criação e manutenção de abrigo público de animais e apoio para abrigos privados, que serão financiados com dinheiro público;
4 – Há pessoas, na cidade, que tentam desestimular a prática extremamente importante de alimentar e fornecer água para os animais de rua;
5 – É uma tendência em outras cidades – e que deve ser reprimida em Santa Maria –  a criação de ‘empresas’ de cães de aluguel, uma prática cruel de exploração animal e que contraria a Constituição Federal e a Lei dos Crimes Ambientais (artigos 225 e 32, respectivamente).
Por discordar das práticas acima denunciadas, a fim de cumprir os deveres de proteção ambiental determinados na Constituição Federal (artigo 225) e para exercer os direitos de cidadania em âmbito municipal, é que os Grupos e Organizações Não Governamentais abaixo assinam:
Clube dos Amigos dos Animais
Focinhos Felizes
Projeto PAZ-SM
Quatro Patas
União Santamariense Protetora dos Animais
Veganos do Coração

grandezaanimal.blogspot.com

sábado, 10 de março de 2012

Veganos do Coração participa do evento MULHERES FORA DO SENSO em comemoração ao dia internacional da Mulher.



O primeiro dia de palestras do ciclo MULHERES FORA DO SENSO contou com a participação do grupo Veganos do Coração. Os ativistas montaram uma banca com material educativo sobre o veganismo e ressaltaram a questão dos preconceitos "rascismo = especismo = sexismo", tema que relaciona a proposta do evento (mulheres e suas trajetórias) com a causa animal. Panfletos diversos foram distribuídos.


Como apoiadores do evento, o grupo oportunizou o contato da organização do evento com Fair Soares, a Presidente da ONG Chicote Nunca Mais de Porto Alegre, conhecida protetora dos direitos animais atuante no combate aos maus tratos de cavalos, que palestrou ontem à tarde.

Veganos do Coração também fotografou e filmou as palestras de Fair Soares e Marlene Nascimento, médica veterinária e Presidente do Clube dos Amigos dos Animais de Santa Maria, um dos mais antigos e atuantes grupos de proteção dos direitos animais da cidade.

A proposta do evento foi trazer a experiência pessoal de cada palestrante. Em um ambiente bastante informal e acolhedor, muitas risadas e lágrimas foram arrancadas da plateia.

Fair Soares iniciou sua fala às 17 horas e 30 minutos. Mostrou fotos de antes e depois dos Cavalos resgatados. Com bom humor, alertou que "chamar um cavalo de cavalo não é correto, todos nossos cavalos tem um nome" e emocionou a todos contando a história dos animais resgatados, da crueldade a que são submetidos e sobre o trabalho diário que a ONG faz para salvá-los.


Marlene Nascimento deu enfoque aos dados de mais de 30 anos de luta pelos direitos animais. Expôs seu aprendizado ao longo do tempo e enfatizou que a educação é fundamental para a melhoria das condições dos animais. Apontou dados específicos como a grande responsabilidade da classe média no problema, intrigando os ouvintes que imaginavam ser um problema originário da periferia, da população de baixa renda. Segundo Marlene as ninhadas que nascem na casa da patroa acabam indo para empregados, porteiros etc e acabam nas vilas, onde a população se interessa e se esforça para castrar seus animais.


Confraternização:

O almoço do dia 08 foi no Restaurante Astro Verde, Restaurante Pseudo Vegetariano de Santa Maria (e única opção de almoço na cidade), com a presença de Aline Bäumer idealizadora do evento, Fair Soares, palestrante, e representantes dos grupos Focinhos Felizes e Veganos do Coração.


Após o término das atividades do dia, a organização do evento, juntamente com as duas palestrantes Fair Soares e Marlene Nascimento e um representante dos Veganos do Coração jantaram no Blender Café Bar, primeiro estabelecimento de Santa Maria a ter uma opção Vegana no Cardápio.


Fotos (RSantini/Veganos do Coração)